Renato Conde/Opopular
Por Daniel Mundim / GloboEsporte
Atlético e Figueirense pouco criam e ficam no empate
Aos 47 minutos do segundo tempo, o goleiro Márcio atravessou o campo para uma cobrança de falta para o Atlético-GO. A bola passou perto, mas foi para fora. Foi para fora também a chance de ter tornado a partida contra o Figueirense no Serra Dourada um pouco mais marcante. Foram 70 erros de passe, muita marcação e poucas oportunidades de gol. Em uma partida com 14 minutos iniciais enganosos, os times ficaram no empate por 1 a 1, pela 22ª rodada do Brasileirão.
Foi nesse período em que saíram os gols de Wellington Nem, para o time catarinense, e Agenor, para o goiano, que conheceu seu primeiro empate atuando em casa neste campeonato. A partida recebeu 2.514 pagantes, com uma renda de R$ 38.395.
O Atlético-GO subiu para a 11ª colocação, com 29 pontos. Na próxima rodada, vai a Fortaleza, onde encara o Ceará no Presidente Vargas, às 16h de domingo. O Figueirense, que permanece em nono lugar, agora com 30 pontos, recebe o Vasco no Orlando Scarpelli, no mesmo horário.
Início tem dois gols em 14 minutos
A partida começou com as duas equipes se estudando: o Atlético-GO rodava a bola ao redor da área adversária, e o Figueirense explorava a bola parada de Elias e tentava aproveitar os espaços deixados para tentar chegar ao gol de Márcio. Os dez minutos iniciais não exigiram muito dos goleiros. Nos quatro minutos seguintes, entretanto, o cenário mudou.
Logo no primeiro avanço mais efetivo ao ataque, o Figueira mostrou por que tem sido perigoso jogando fora de casa nas últimas rodadas - quando bateu Cruzeiro e Corinthians. Somália interceptou um passe na defesa atleticana, dominou a bola e acionou Bruno Vieira pela direita. O lateral foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para a chegada de Wellington Nem, livre, empurrar para a rede.
O gol acordou o time rubro-negro, que passou a ficar mais com a bola nos pés e procurar os lados do campo. E assim conseguiu o empate. Anselmo apareceu pela esquerda e sofreu uma falta. Bida se prontificou para a cobrança, em uma posição semelhante à da partida contra o Fluminense, quando fez o primeiro gol atleticano. O volante soltou a bomba e já se preparava para comemorar, mas Agenor apareceu antes de a pelota entrar e desviou para anotar o gol.
Festival de passes errados
Após o empate, o ritmo do jogo caiu bastante. As duas equipes priorizavam muito a marcação e começaram a errar muito, tornando raras as oportunidades de gol. O primeiro tempo terminou com 50 passes errados, sendo 27 para os goianos e 23 para os catarinenses, um número considerável para uma partida inteira. Neste panorama, o Atlético-GO conseguiu ter uma boa chance com uma arma que pouco usou até então: o chute de fora da área.
Aos 26 minutos, Bida dominou a bola na intermediária direita, limpou a marcação e chutou forte, mas a bola passou à direita de Wilson. O Figueirense, por sua vez, tocava mais a bola em busca de espaços na defesa atleticana. Bruno Vieira, pela direita, era a principal opção dos catarinenses. Aos 33 minutos, ele avançou e cruzou para Somália, em um lance semelhante ao gol do
Figueira, mas o atacante não aproveitou a oportunidade e chutou em cima de Márcio, que fez boa defesa. O time goiano também encontrava dificuldades para entrar na área adversária e, quando entrou, viu Rafael Cruz chutar torto, pela direita.
Segundo tempo equilibrado
O jogo foi um pouco diferente na segunda etapa, pelo menos do lado atleticano. Os donos da casa se mantiveram no campo de ataque e criaram duas boas chances nos primeiros minutos. Na primeira, Wilson fez boa defesa em chute de Juninho, após jogada de Pituca como ponta-esquerda. Na segunda, Anselmo e Pituca tentaram a finalização, mas a bola foi para fora.
Enquanto o Figueirense buscava os contra-ataques, o Atlético-GO pressionava. Anselmo teve boa chance aos 17 minutos, mas ficou sem ângulo ao driblar o goleiro. O susto foi o bastante para que o Alvinegro catarinense mudasse sua postura na partida. Começou a manter mais a posse de bola e buscar a oportunidade de entrar na área adversária.
O resultado disso veio em um passe de Túlio para Somália, que invadiu a área e jogou a boa oportunidade nas mãos de Márcio, num chute fraco. O Atlético-GO diminuiu um pouco o ritmo e viu o adversário crescer na partida. Sempre levando perigo nas bolas paradas, Elias colocou a bola no travessão de Márcio em uma cobrança de falta. Logo em seguida, o goleiro entrou em ação para salvar um chute forte de Wellington Nem. Coube a Márcio a última chance do jogo, em uma cobrança de falta na entrada da área. Assim que a bola foi para fora, o árbitro deu o apito final.
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