Por Guilherme Gonçalves / Diário da Manhã

Soy loco por ti, América

Não era Brasil x Argentina, mas os ingredientes foram os mesmo do duelo sul-americano e transformaram a vitória do Goiás por 2 a 0 sobre o Independiente (ARG) em uma partida que entrou para a história. Rivalidade, provocação e ansiedade construíram pré-jogo marcado por tensão. Dentro de campo, a atuação brilhante do alviverde goiano e os gols de Rafael Moura e Otacílio Neto fizeram 39601 torcedores presenciarem espetáculo... Abrir crônica

Por Guilherme Gonçalves / Diário da Manhã

Soy loco por ti, América

Não era Brasil x Argentina, mas os ingredientes foram os mesmo do duelo sul-americano e transformaram a vitória do Goiás por 2 a 0 sobre o Independiente (ARG) em uma partida que entrou para a história. Rivalidade, provocação e ansiedade construíram pré-jogo marcado por tensão. Dentro de campo, a atuação brilhante do alviverde goiano e os gols de Rafael Moura e Otacílio Neto fizeram 39601 torcedores presenciarem espetáculo como há tempos o Serra Dourada não recebia e deixaram o Goiás a um passo de conquistar a América.

Com a vitória, o Goiás abriu boa vantagem na decisão da Copa Sul-Americana e está muito próximo do título inédito. NO jogo decisivo, na próxima quarta-feira, em Avellaneda, município de Buenos Aires, o time joga por um empate, mas pode até perder por um gol de diferença que, ainda assim, sagra-se campeão.

Com grande atuação de Marcão, Amaral e Carlos Alberto, o Goiás fez uma partida impecável no setor defensivo. Na frente, Rafael Moura e Otacílio Neto foram os responsáveis pelo triunfo esmeraldino. Enquanto He Man marcou seu sétimo gol e se tornou artilheiro isolado do torneio continental, Otacílio Neto assimilou a condição de recém titular.

SUPERIORIDADE

O jogo teve início sob leve chuva no estádio e forte marcação no meio de campo. Nada que impedisse um primeiro tmepo impecável por parte do Goiás. Armadas no esquema 3-5-2, as duas equipes dependiam muito de seus laterais, mas apenas os da equipe brasileira funcionaram. Douglas e Wellington Saci marcavam bem e recebiam cobertura para poderem atacar. Marcelo Costa, fundamental na proposta tática, distribuiu passes com qualidade e municiou os atacantes.

O Independiente, por sua vez, não conseguia jogar pelas alas e, com três volantes, centralizava as ações ofensivas. Quando perdia a bola, matava os contra-ataques esmeraldinos e assim recebeu dois cartões amarelos em menos de 12 minutos de jogo.

Aos 14, Carlos Alberto acreditou em em jogada que parecia perdida e dividiu com a azaga argentina. Espirrada, a bola procurou os pés de Rafael Moura. O artilheiro da Sul Americana não desperdiçou o presente e livre na área, bateu de perna direita na saída do goleiro Navarro para abriu o placar e marcar seu sétimo gol na competição.

Dois minutos depois, o Independiente até tentou responder em chute de Cabrera, defendido por Harlei. A supremacia alviverde voltou a se traduzir em gol aos 21 minutos. Em contra-ataque veloz, Marcelo Costa lançou Douglas em profundidade pela direita e o lateral invadiu a área. Na hora do chute, finalizou mal, mas a bola novamente foi generosa, que caiu nos pés de Otacílio Neto e, sem goleiro, apenas empurrou para estufar as redes e fazer tremer o Serra Dourada: 2x0.

Na etapa final, a expulsão de Silvera logo aos 12 minutos facilitou ainda mais para o Goiás. Artur Neto percebeu o bom momento, promoveu a entrada de Éverton Santos e lançou o time ao ataque.

Sem poder de reação, o Independiente virou presa fácil. Felipe ainda entrou na vaga de Marcelo Costa e a equipe ensaiou uma pressão nos minutos finais, mas o placar manteve-se inalterado. Fechar crônica